O Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, na Itália, recebeu domingo (24) a prova que fechou a 3ª etapa da Fórmula 2, principal categoria de acesso à Fórmula 1. E o brasileiro Felipe Drugovich, mesmo repetindo a boa largada da corrida do sábado, teve frustrados seus planos de lutar pela vitória na corrida mais importante da rodada.
Depois de conquistar sete posições no sábado – cinco delas na primeira volta –, o piloto da equipe holandesa MP Motorsport novamente largou em 12º neste domingo e antes mesmo da primeira curva já havia superado três concorrentes para fechar a primeira volta em 9º.
As primeiras voltas, porém, foram marcadas por duas intervenções do safety-car, que acabaria se tornando um dos principais protagonistas da corrida. Felipe Drugovich largou com pneus médios para esticar o primeiro “stint” e colocar os pneus super macios nas últimas voltas, uma estratégia que já o havia feito obter resultados positivos em outros finais de semana na Fórmula 2.
A segunda intervenção do safety-car, na quinta volta da prova, foi desastrosa para os pilotos que escolheram esta estratégia. Sabedor de que os pneus super macios não durariam nos quase 90% restantes de prova, o piloto de Maringá (PR) respeitou a estratégia combinada com a equipe e não entrou nos pits para a troca, enquanto os competidores que escolheram a estratégia oposta o fizeram.
Assim, a única opção de Felipe Drugovich era manter-se na pista o máximo possível e esperar por uma nova intervenção do safety-car, o que lhe permitiria recuperar o “prejuízo” em relação aos pilotos que já haviam trocado os pneus.
A esperada terceira intervenção do safety-car chegou, mas apenas quando faltavam cinco voltas para o final. Felipe Drugovich, então o líder, foi aos pits, trocou seus pneus, mas o resgate do carro acidentado demorou e a prova terminou em regime de safety-car. O brasileiro ainda assim marcou um ponto após terminar em 10º, mas foi superado na tabela de classificação pelo vencedor da prova, o francês Theo Pourchaire, um dos pilotos que saiu com a estratégia oposta e aproveitou a segunda intervenção do carro de segurança.
“De minha parte, sei que andei muito bem e estou muito contente com a minha performance”, disse Felipe Drugovich bastante chateado após a prova. “Os problemas foram a classificação e a segunda prova. Larguei bem, pulei de 12º para 9º, com a estratégia de usar pneus médios no início e trocar para os super macios no fim da prova”, explica o piloto.
“A maioria dos pilotos usou a estratégia oposta e teve o safety car na volta certa. Ou seja, não perderam tempo e ainda continuaram com pneus bons esperando que o meu grupo parasse. Esperamos por um safety car e ele deveria ter vindo imediatamente com a batida forte do Lawson, mas deram um safety car virtual, por muito tempo, e nestas condições a parada obrigatória para troca de pneus não vale. Deram o safety car real após eu cruzar a linha e isso me permitiu entrar no box apenas uma volta depois e, assim, não pude recuperar um pouco da desvantagem inicial. Eu diria que o critério foi muito injusto, mas, enfim, vamos para Barcelona para tentar retomar a liderança do campeonato”, finalizou Felipe Drugovich.
Após três etapas disputadas, Felipe Drugovich é o vice-líder do campeonato, com 50 pontos – dois a menos que Pourchaire –, depois de ser o único piloto que terminou as seis corridas da temporada na zona de pontuação.
Felipe Drugovich tem o apoio de Drugovich Auto Peças, que atua no ramo de peças para caminhões e ônibus; da Jaloto & Drugovich, destaque nacional no segmento de transporte de cargas paletizadas; e da Stilo, fabricante italiana de capacetes.
A 4ª etapa do Campeonato Mundial de Fórmula 2 será disputada entre os dias 20 e 22 maio, em Barcelona, na Espanha, novamente como evento preliminar da Fórmula 1.