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, na Itália, recebeu neste sábado a primeira corrida do fim de semana que vale pela nona etapa da Fórmula 2. Em prova bastante movimentada, a vitória ficou com o russo Nikita Mazepin, da equipe Hitech. Guilherme Samaia, brasileiro estreante da equipe espanhola Campos Racing, chegou a se colocar na disputa pelos pontos.

A escolha errada na hora do pit stop, a apenas 12 voltas do final, mais uma punição equivocada aplicada pela direção de prova, fizeram o piloto terminar apenas na 18ª colocação. “A corrida parecia boa até determinado momento, mas depois foi um completo desastre. Sofri muito com os pneus duros com os quais larguei, e demoramos muito para tomar a decisão de fazer a troca. Por algum motivo nós não conseguimos ter um domínio destes compostos. Meu pneu dianteiro esquerdo estava destruído e meu ritmo caiu drasticamente”, disse o brasileiro.

Quando o carro de Giuliano Alesi, da HWA, parou na área de escape após o estouro do motor, o Virtual Safety Car foi determinado e os pilotos, por regulamento, devem reduzir em 30% o ritmo, sem fazer ultrapassagens. Com a demora na remoção do carro de Alesi, a direção de prova determinou a entrada do Safety Car para controlar o ritmo e aproximar o pelotão. Foi justamente neste momento que a equipe Campos mandou que Guilherme aumentasse o ritmo de maneira segura, depois de passar pelo local onde o carro de Alesi era retirado, para se juntar aos outros carros.

O software que auxilia a direção de prova forneceu dados errados, como se Guilherme houvesse aumentado o ritmo durante a vigência do Safety Car Virtual, quando na verdade o piloto só o fez quando a entrada do carro de segurança foi ordenada.

O erro custou caro. A direção de prova puniu Samaia com um stop and go de 10 segundos, já nas voltas finais da corrida. “Estávamos sob regime de Safety Car Virtual e quando foi determinada a entrada do Safety real, a equipe me mandou chegar no pelotão, então eu já podia acelerar um pouco mais, fora da zona de perigo, para me juntar aos outros carros. A direção de prova errou e me puniu por ter feito o que era correto. Tive que pagar a penalidade ficando dez segundos parado no box e aí não havia nada o que eu podia fazer”, reclamou.

Horas depois, a FIA reconheceu o erro e confirmou que Guilherme não descumpriu o artigo 39.7 do Regulamento Esportivo da Fórmula 2 e se desculpou com o piloto, revogando os três pontos de penalização que haviam passado a constar em sua carteira de piloto. “Agora é pensar na corrida de domingo e fazer um trabalho mais consistente. Felizmente reconheceram o erro e revogaram os três pontos de penalização na minha carteira de piloto; infelizmente, quanto ao resultado da prova, não há mais nada que possa ser feito. Só restou mesmo o pedido de desculpas. Uma pena”, lamentou.

A segunda prova da Fórmula 2 tem largada neste domingo (13) às 6h55 no horário de Brasília. Serão 23 voltas ou 45 minutos de disputa.