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Os pilotos e equipes passaram mais de dez horas esperando pela bandeirada. E, quando ela veio, ninguém esperava. Um problema de cronometragem reincidente fez a direção de prova encerrar a prova mais cedo (com 581 das 644 voltas previstas). A decisão foi totalmente apoiada no regulamento. Com mais de 75% das 500 milhas da Granja Viana completada e sem saber se o problema com o registro dos tempos voltaria a atrapalhar a competição, o evento mais festivo do ano terminou de repente. Sem que soubesse, em oito voltas foi um final dos mais interessantes.
Após o primeiro problema com a cronometragem, que provocou bandeira vermelha, os três primeiros colocados voltaram à pista na mesma volta, a 573, e iniciaram a disputa pela vitória, que terminou nas mãos de Rubens Barrichello, Tony Kanaan, Lucas di Grassi, Felipe Giaffone e Renato Russo, que conduziam o kart número 72. Atrás deles, eles mesmos. O segundo lugar ficou com o 71, pilotado por Rubens Barrichello, Tony Kanaan, Antonio Pizzonia, Lucas di Grassi e Thiago Camilo. A única que poderia ameaçar esta supremacia era a equipe Petrobras.
Terceiro colocado pelo segundo ano consecutivo, o time formado por Luciano Burti, Dennis Dirani, Gabriel Dias e Felipe Guimarães brigou de igual para igual com os dois karts das estrelas durante toda a corrida. “Quando acabou, nós estávamos na briga pela vitória. Algo que aumentava as nossas chances era o fato de decidirmos arriscar na hora final de prova. Não faríamos a última parada. Ficaríamos na pista até o fim para assumir a liderança. Era um risco assumido, que nós decidimos correr e poderia dar certo”, afirmou Binho Carcasci, chefe da equipe.
Mesmo assim, a equipe não reclamou da decisão da direção de prova. “Eles seguiram o regulamento, não dava para saber se o problema com a cronometragem poderia trazer mais prejuízos, então foi uma atitude sensata. Estou feliz por ver a equipe disputando a vitória mais uma vez”, acrescentou Binho Carcasci. A prova 500 milhas da Granja Viana, em sua 11ª edição, teve de tudo. Incluindo um sereno maroto no meio da madruga. “Mas nós não tivemos nenhum problema. Correu absolutamente tudo bem e o que perdíamos nos boxes recuperávamos na pista”, concluiu Binho Carcasci.