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As melhores corredoras de rua do Brasil terão um desafio especial na 83ª Corrida Internacional de São Silvestre, que será disputada segunda-feira por ruas e avenidas de São Paulo: buscar a sexta vitória na história, iniciada em 1975, quando a categoria feminina foi incluída na programação. Do pelotão de elite de brasileiras, três tentarão uma façanha ainda maior que é a conquista do bicampeonato da prova.
Lucélia Peres (atual campeã), Marizete Rezende (vencedora de 2002) e Maria Zeferina Baldaia (ganhadora de 2001) vão alinhar na largada da tradicional prova paulistana na condição de já terem sentido o gosto da vitória. Nenhuma delas considera a missão fácil. Ao contrário, todas reconhecem a força das estrangeiras, especialmente das quenianas, lideradas por Chemtai Rionotukei, campeã da 10K Rio, e Alice Timbilili, vice-campeã da Meia Maratona da Filadélfia (EUA) e de Saltillo (México), em 2007.
“A São Silvestre é uma prova muito dura, que exige bastante”, comentou a mineira Lucélia Peres, medalha de bronze nos 10.000 metros nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, que se recuperou de uma fascite plantar (inflamação na sola do pé), depois de um mês de tratamento. “Vou torcer para estar num bom dia e fazer uma boa prova”, concluiu a atleta, vice-campeã na Meia Maratona do Rio e terceira colocada na Volta da Pampulha deste ano.
Marizete Rezende e Maria Zeferina também estão animadas para a prova. Zeferina, por exemplo, mostrou estar recuperada de problemas físicos ao ficar em segundo lugar na 10K Rio no domingo. “Quero muito correr entre as primeiras e fazer uma boa chegada. Meu objetivo é um lugar no pódio”, disse a mineira, radicada em Sertãozinho, no interior de São Paulo.
Além de campeãs da São Silvestre, a elite brasileira contará com as corredoras mais bem colocadas no Ranking da CAIXA/Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). A alagoana Marily dos Santos já assegurou o primeiro lugar no ranking da temporada, depois da quarta colocação obtida na 10K Rio. Estão entre as principais atletas do país também Conceição de Maria Carvalho, Edielza Alves dos Santos, Ilaine Wandscheer, Luzia de Souza Pinto, Maria Sandra Pereira e Sueli Aparecida Oliveira.
A categoria feminina foi incluída na competição pelo jornal A Gazeta Esportiva em 1975, em homenagem ao Ano Internacional da Mulher, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). A primeira campeã foi a alemã Christa Vahlensieck. A primeira brasileira a vencer a prova foi Carmem de Oliveira, em 95, e a segunda foi Roseli Machado, no ano seguinte.
A maior campeã da São Silvestre é a portuguesa Rosa Mota, que somou seis vitórias consecutivas, de 1981 a 1886. Outro destaque da competição é a mexicana Maria Del Carmem, que ganhou três vezes, em 1989, 1990 e 1992.
A prova terá novos horários de largada: 15h15 – cadeirantes e categoria especial; 16h30 – elite feminina; e 16h45 – elite masculina e demais categorias. O percurso é o mesmo das últimas temporadas, com total de 15 quilômetros. A largada será feita em frente ao Masp (Avenida Paulista, 1578) e a chegada ocorrerá em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero (Avenida Paulista, 900).