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Às vésperas do embarque para Istambul, onde neste fim de semana disputará sua sétima corrida na Fórmula 1, Bruno Senna admitiu que as dificuldades esperadas no GP da Turquia não deverão ser menores do que as encontradas nesta primeira fase de sua temporada de estreia. E apontou a veloz curva 8 de Istambul Park como a potencialmente mais complicada para os carros de sua equipe, a também novata HRT F1 Team. “Nossa falta de pressão aerodinâmica deve pesar principalmente nesse ponto”, imagina.
Bruno lembra também que o traçado turco é o primeiro no sentido anti-horário do calendário. “O pessoal vai sentir a diferença no pescoço, por causa do impacto da Força G”, continua. Embora considere a curva 8 como o maior obstáculo da pista, Bruno espera que a longa reta possa compensar a provável perda de tempo no trecho anterior. “Nossos carros estão entre os 10 mais rápidos de velocidade final. Mas a freada da Curva 1 não será igualmente fácil para nós”.
O F110 da HRT F1 Team segue praticamente sem qualquer “update” desde a abertura do campeonato no Bahrein. Por isso, Bruno diz que a mudança radical de características da pista – a F1 correu nas sinuosas e lentas ruas de Mônaco há duas semanas e chega agora a uma pista com muitas curvas e retas velozes – será incapaz de provocar qualquer alteração na relação de força com as demais equipes, notadamente as estreantes Lotus e Virgin. “Acho que não mudará nada, nem para cima nem para baixo”, projeta.
Na verdade, a expectativa de algum avanço depende dos resultados práticos dos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos pela equipe pelo sistema computadorizado CFD e que têm por meta reduzir o elevado déficit de pressão aerodinâmica do projeto original do carro. “Mais para frente, deveremos ter novidades na frente e no assoalho. E, quem sabe, finalmente uma evolução técnica”, conclui Bruno.