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Como faz habitualmente toda quinta-feira de grande prêmio, Bruno Senna realizou hoje o reconhecimento do circuito da corrida deste fim de semana. Após percorrer o traçado de Hungaroring de bicicleta, inicialmente sozinho e pouco depois na companhia dos engenheiros da HRT F1 Team, o piloto brasileiro manifestou preocupação com a possibilidade de degradação acelerada dos compostos de pneus que a Bridgestone levou para o Grande Prêmio da Hungria.
Bruno esteve em Hungaroring pela última vez em 2008, quando conquistou dois terceiros lugares na Fórmula GP2. “O asfalto está praticamente do mesmo jeito, talvez esteja apenas um pouco mais gasto, o que é normal. O problema aqui é que a previsão do tempo está indicando sol e calor para todos os dias. Como as versões de pneus que teremos são os macios e os supermacios, o risco é que a pista muito quente provoque o aparecimento de bolhas”, explicou.
Além da possibilidade de temperatura elevada antecipada pela meteorologia, Bruno lembra que o traçado húngaro já apresenta desgaste alto por causa das curvas de raio longo e da sobrecarga proporcionada pelas retomadas nos trechos de baixa velocidade. “Os pneus traseiros são muito exigidos”, avisou. Depois de participar das reuniões técnicas iniciais com vistas à abertura dos treinos livres, Bruno afirmou que os primeiros ensaios poderão não oferecer base para uma margem fiel do potencial de cada carro. “A sexta-feira é sempre o dia mais complicado, porque a pista é pouco usada durante o ano e começa bastante suja. O asfalto melhora e vai ficando cada vez mais rápido ao longo do fim de semana”.
Antigo, estreito, travado e reconhecidamente de difícil ultrapassagem, Hungaroring está longe de ser um circuito ao qual o carro da HRT F1 melhor se adapte. “Aqui conta muito a pressão aerodinâmica, uma das grandes deficiências do F110. Depois de Mônaco, Hungaroring é a pista que mais pede downforce. Por isso, nossa luta contra as outras equipes estreantes mais uma vez não será fácil”, concluiu Bruno.