Depois de uma mudança substancial no carro após os treinos livres da quinta-feira que lhe devolveu a confiança no F110, Bruno Senna conseguiu hoje o seu melhor desempenho em treinos classificatórios em sua temporada de estreia na Fórmula 1. Se a posição de largada – 22º – no GP de Mônaco não será muito diferente daquelas que os carros da HRT F1 Team vem conquistando em seu primeiro ano na categoria, Bruno superou com autoridade e por um segundo o companheiro de equipe – o indiano Karun Chandhok sairá logo atrás – e ficou a apenas sete décimos da Virgin de Lucas di Grassi, com quem dividirá a 11ª fila do grid em Montecarlo.
Apesar da satisfação com o resultado, Bruno procurou conservar a cautela habitual. Por enquanto, está bom. Colocamos o assoalho reserva, trocamos o diferencial e o carro voltou ao normal. Hoje, pude novamente andar com confiança e isso fez toda a diferença. Na quinta-feira, depois dos treinos, olhamos a telemetria e vimos que minha desvantagem em termos de pressão aerodinâmica em relação ao Chandhok continuava grande. Maior até maior do que na semana passada em Barcelona, continuou.
Bruno não guarda ilusões a respeito das dificuldades que encontrará numa das corridas mais duras do calendário, não apenas para os carros, mas também por causa do aspecto físico. Nosso ritmo de corrida não é bom. Ainda temos muito que trabalhar para ganhar competitividade. Além disso, o desgaste dos pneus está bastante elevado, principalmente os traseiros, explicou o piloto brasileiro, que há dois anos venceu uma prova da Fórmula GP2 neste mesmo circuito.
Conhecedor do traçado e das características de um asfalto cujos níveis de aderência mudam constantemente ao longo das quase duas horas de prova, Bruno lembrou, no entanto, que é impossível antecipar qualquer prognóstico para a corrida. Isto aqui é Mônaco e nunca se sabe o que vem pela frente. Vou tentar me manter na pista o máximo possível e depois ver o que acontece.