A felicidade de Bruno Senna pelos dois pontos conquistados no GP da Itália – seus primeiros na Fórmula 1 – era tanta que o piloto brasileiro já fazia planos ainda nos boxes da Lotus Renault GP, equipe pela qual completara apenas sua segunda prova depois da estreia na categoria pela frágil HRT no ano passado. Não vejo a hora de entrar no carro novamente. Queria que o GP de Cingapura fosse amanhã, brincou Bruno, que ainda terá de esperar mais duas semanas para ver seu desejo atendido.
Bruno terminou a corrida de Monza na 9ª colocação e logo atrás da Force India de Paul di Resta, após mover uma implacável perseguição ao escocês nos minutos finais e que acabou lhe rendendo a quarta volta melhor volta da corrida, superado apenas pelas McLaren de Jenson Button e Lewis Hamilton e a Red Bull do vencedor Sebastian Vettel. Com duas voltas a mais eu teria conseguido a ultrapassagem. Eu estava mesmo muito rápido naquela hora, com pneus macios e pouco combustível. Só não consegui me desvencilhar antes do Sebastien Buemi porque as Toro Rosso estavam muito velozes de reta. Para passá-lo, precisei me atirar para cima dele antes da primeira chicane, explicou.
Depois de evitar a confusão formada logo após a largada, quando vários carros colidiram e causaram a entrada do carro de segurança, Bruno resolveu antecipar a troca dos pneus médios com que largara pelo primeiro jogo de macios. Valeu a pena, porque os macios eram cerca de oito décimos mais rápidos por volta. E meu carro esteve sempre muito rápido. Procurei me manter sempre próximo do pessoal que estava à frente e economizar o KERS, deixando para usá-lo nas ultrapassagens. Deu para passar bastante gente. A verdade é que me diverti para caramba durante a corrida.
Cerca de uma hora depois da bandeirada quadriculada, os batimentos cardíacos de Bruno ainda não haviam voltado ao normal – encostavam nos 180 por minuto. A excitação e a alegria pelo resultado se misturavam à sensação de dever cumprido. Afinal, apesar de todo o apoio que vem recebendo da Renault Lotus GP desde que foi convocado para o lugar do experiente alemão Nick Heidfeld, sabe que as cobranças serão inevitáveis. (…) Tira o peso de fazer um resultado pela equipe. Não foi uma corrida fácil, mas o carro esteve sempre bem, a estratégia funcionou e deu tudo certo, analisou.
Embora sem atividades de pista, a semana será de intensas atividades para Bruno Senna no aspecto promocional. Ele foi escalado pela equipe para comparecer a diversos eventos e, entre eles, visitará o Salão de Frankfurt.