Traiçoeiro e com pouca aderência fora do traçado, o circuito urbano de Valência deverá provocar inúmeras vítimas ao longo do GP da Europa. A previsão é de Bruno Senna, que aposta na consistência e nos cuidados redobrados para levar o carro da HRT F1 até a bandeira quadriculada. É muito fácil errar nesta pista. E os erros custam caro, porque praticamente não há áreas de escape e os muros são uma ameaça permanente, lembrou Bruno, que fechará o grid de 24 pilotos com o tempo de 1m42s851 na primeira das três sessões classificatórias deste sábado.
Bruno acredita que o F110 parece em condições de completar as 57 voltas. Nosso ritmo não está tão ruim, principalmente com bastante combustível e pneus mais macios, justificou. Depois de superar os companheiros de equipes em todos os treinos livres, inclusive o austríaco Christian Klien, piloto de testes que andou na sexta-feira pela manhã, Bruno ficou atrás do indiano Karun Chandhok no Q1. Cometi um erro na minha última volta e perdi quatro décimos na curva que antecede à ponte. O fundo do carro passou demais sobre a zebra. Fiquei tão revoltado comigo mesmo que mandei o pé até o final e ainda consegui baixar meu tempo.
A expectativa de uma evolução na asa dianteira do F110 não se materializou e Bruno está conduzindo o mesmo carro do GP do Canadá. O consumo de pneus, no entanto, nem de longe se aproxima do verificado na Ilha de Nôtre-Dame. Os pneus não estão preocupando. Aqui, o desgaste maior é dos freios e o motor também está bebendo mais gasolina, comparou.
Com o desgaste reduzido, Bruno disse que a tendência é de apenas uma parada para troca de pneus. A estratégia, no entanto, ainda dependeria das consultas da equipe aos técnicos da Bridgestone. Tudo vai depender dessas conversas, principalmente o período maior de permanência na pista com pneus macios ou médios, concluiu.