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Aos poucos, como imaginado pelo piloto e pela equipe HRT, o carro de Bruno Senna começa a dar sinais de evolução em seu batismo de fogo no GP do Bahrein. Hoje, o estreante brasileiro deixou o carro da escuderia novata um pouco mais próxima dos adversários na terceira e última sessão de treinos livres que antecedem às tomadas classificatórias de logo mais. Bruno completou mais 11 voltas e registrou seu melhor tempo destes dois dias em 2m04s001. Na comparação, ficou a 9s902 da Ferrari de Fernando Alonso, o mais rápido da prática, contra a diferença de 11s5 da véspera para a Mercedes-Benz de Nico Rosberg.
Bruno manifestou satisfação com o comportamento do carro, que não apresentou qualquer problema sério. “Agora, está bem melhor. Pelo menos, temos um acerto inicial, já que ontem estava ainda completamente desarrumado”, lembrou. A melhora, no entanto, ainda não permite sonhos ambiciosos. “Ainda tempos muito que mexer no carro. Para nós, o qualifying continuará sendo o que foram estes treinos livres, apenas mais uma oportunidade de ganhar quilometragem e encarar o que vier como mais uma sessão de testes”, explicou.
O rendimento superior em relação à sexta-feira se torna mais notório quando se leva em conta a quantidade de combustível carregada pelo carro do time espanhol. Se os treinos matinais de sábado servem para as equipes simularem as condições do qualifying, o que significa menos combustível e consequentemente menor peso, Bruno treinou sempre com o tanque quase completo. “É claro que no qualifying vamos com o mínimo de gasolina, para ter uma avaliação mais real do desempenho, mas sem qualquer outra pretensão”, antecipou.
Enquanto Bruno cumpria mais um capítulo de seu processo de adaptação ao carro e à categoria, o companheiro Karun Chandhok continuou retido nos boxes e novamente não conseguiu entrar na pista. Apesar de todo o esforço dos técnicos da HRT, a equipe ainda luta para solucionar a pane hidráulica que mantém o carro sob os cuidados dos mecânicos desde a chegada no Bahrein.