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Se não é uma evolução técnica capaz de aumentar a velocidade do carro, pelo menos vai melhorar o conforto do piloto. É mais ou menos essa a avaliação de uma das raras modificações, a troca do tanque de combustível, que o carro de Bruno Senna ganhará sábado a partir da terceira e última sessão de treinos livres do GP da Malásia. O reservatório é igual ao que já vem sendo utilizado pelo companheiro de equipe, o indiano Karun Chandhok.
Bruno diz que a condução do carro da HRT F1 Team deve ficar mais fácil. “Esse novo tanque tem divisórias no fundo que impedem a movimentação da gasolina nas acelerações e, principalmente, nas freadas. No Bahrein e na Austrália, parecia que tinha um gordão de 150 quilos dançando dentro do carro no começo das corridas. Imagina só frear com aquele peso todo se movendo”, comparou Bruno, que também deve testar já nos ensaios iniciais um sistema que permite a troca de marchas sem perda de tempo.
Hoje, debaixo do sol forte do meio-dia, Bruno fez o reconhecimento do traçado de Sepang na companhia dos engenheiros da equipe espanhola. Ficou surpreso com o emborrachamento da pista provocado pelos carros da Fórmula BMW, mas a tempestade que desabou sobre o autódromo depois do meio da tarde acabou lavando o asfalto. “Foi impressionante, parecia a chuva de Angra dos Reis na passagem do ano”.
As previsões mais preocupantes da meteorologia começam a se confirmar. O aguaceiro da véspera da abertura dos treinos deve ser apenas o primeiro de uma série que poderá castigar Sepang ao longo do fim de semana. Habilidoso na pista molhada, Bruno espera que a água não passe da conta. “Uma coisa é correr com chuva; outra é enfrentar esses dilúvios que costumam despencar por aqui. Se chover domingo o mesmo de hoje nem dá para ter corrida”.