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SERRA (ES) – Todo esporte tem que ter um ou uma equipe de árbitros. No automobilismo este papel é exercido pelos Comissários Desportivos. Na verdade, são mais que árbitros, porque além de juízes, também exercem o controle organizacional do evento. O número é sempre impar. Normalmente são três ou cinco, mas em ocasiões especiais podem ser sete ou nove. Sempre há um extra, representando o clube ou a Federação que sedia o evento.
Na primeira fase do Campeonato Brasileiro de Kart, que está sendo disputada no Kartódromo Internacional de Serra, região Metropolitana de Vitória, no Espírito Santo, o grupo de Comissários Desportivos é formado por seis pessoas. Bento Tino vem de Foz do Iguaçu, no Paraná; Jakson Hohara Mendes e Alexandre Lagana, de Curitiba, também no Paraná; Américo Larozzi, de Goiânia, Goiás; João Luiz Miguel, de Florianópolis, Santa Catarina; e Fabrício Pires Duarte, que é o representante do Espírito Santo na equipe.
Bento Tino diz que os Comissários Desportivos são a espinha dorsal de uma corrida. “Os comissários são os juízes e a eles cabe a difícil tarefa de julgar casos como toques, irregularidades, tanto na pista quanto técnicas, quando informadas pelos Comissários Técnicos. “A tarefa dos comissários as vezes é mal interpretada pelo público, que normalmente segue as informações que recebe do piloto ou de alguém ligado a ela. Os comissários têm que tomar decisões de forma imparcial, sempre ouvindo todos os envolvidos no caso”, acentua Bento Tino.
Alexandre Lagana destaca que só os Comissários Desportivos podem alterar a programação oficial de uma prova, adequando-a ao melhor desenvolvimento do evento. “Também são os Comissários Desportivos que informam aos pilotos quais são seus direitos e deveres”, fala Lagana.
Jakson Hohara Mendes argumenta que somente os Comissários Desportivos podem punir pilotos por qualquer tipo e infração cometida durante o evento. “Toda punição tem que ser bem embasada porque não há como voltar atrás. A decisão dos comissários mexe com praticamente todos os concorrentes. Por isso, eles têm que ser precisos”, salienta Jakson.
Já Américo Larozzi, com quase 40 anos de experiência, frisa que os comissários também precisam ser psicólogos. “Muitas vezes precisamos esperar os pilotos se acalmarem para ouvi-los. Com a adrenalina alta, eles esbravejam. Temos que agir com a razão, sem paixões para que as decisões sejam sempre corretas”, diz Américo.
O 48º Campeonato Brasileiro de Kart vai até sábado, com promoção da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), por meio da CNK (Comissão Nacional de Kart), com apoio da ASSEPAK (Associação Espírito-santense de Pais de Pilotos de Kart) e FAEES (Federação de Automobilismo do Estado do Espírito Santo).