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O piloto brasileiro Helio Castroneves, do Team Penske, buscou de todas as formas possíveis conquistar ontem a sua quarta vitória no Indianapolis Motor Speedway, prova válida pela sexta etapa do 2010 IZOD Indycar Series. Mas algumas circunstâncias, notadamente o fato de o motor Honda do Dallara nº 3 “morrer” no terceiro pit, obrigou a mudança da estratégia que vinha funcionando inteiramente dentro do planejado.
Embora tenha se mostrado eficiente, não foi o bastante para que ele pudesse terminar em posição melhor do que a 9ª colocação. A vitória foi conquistada pelo escocês Dario Franchitti, da Chip Ganassi Racing, que faturou a Indy 500 pela segunda vez.
“Foi uma corrida incrível e muito dura. Infelizmente tivemos aquele problema no pit e fomos lá para trás. A mudança de estratégia foi correta e faltou muito pouco para dar certo. Claro que estou desapontado, principalmente por causa dos membros da minha equipe, que fizeram um maravilhoso trabalho durante esse mês aqui em Indianapolis e todos devem ficar de cabeça erguida porque são ótimos. Mas corrida é assim mesmo. Sábado que vem já tem outra prova e é isso aí, vamos que vamos!”, declarou Castroneves, sem se esquecer de cumprimentar o vencedor Franchitti e enaltecer a eficiência da Chip Ganassi Racing.
A estratégia traçada por Castroneves e Tim Cindric, o presidente da Penske, era bem clara. Mesmo largando na pole position, posição que conquistou pela quarta vez na Indy 500, o piloto não correria riscos desnecessários para mantê-la já partir da largada, dada pelo ator Jack Nicholson. Logo após a bandeira verde ser acionada pelo vencedor do Oscar, Franchitti pressionou Castroneves e o ultrapassou logo a seguir, deixando-o no 2º lugar.
Com 71 voltas a corrida já acumulava cinco bandeiras amarelas e Castroneves, mantendo-se na 2ª posição, passava a pressionar de forma decisiva o líder Franchitti, andando na casa de 223 mph, com a distância entre eles variando de acordo com os retardatários que surgiam pela frente.
Ao se aproximar a corrida da 145ª volta, uma nova sessão de pit foi iniciada e, para a Penske, acumularam-se problemas. O carro de Castroneves “apagou”, o de Power precisou ser recolocado no lugar certo para o reabastecimento e somente o pit de Ryan Briscoe foi normal. Mas na sua volta à pista, este bateu forte na curva 4. Castroneves circulava, em conseqüência, na 15ª posição nesta sétima bandeira amarela.
Com a desvantagem provocada pelo problema no pit, a estratégia foi modificada com uma nova parada na 115ª volta. A idéia era não necessitar de nova parada e concluir as 500 milhas com o mesmo combustível. Para que essa nova formatação da corrida pudesse funcionar, bandeiras amarelas estavam no script. Com a parada de praticamente todos os pilotos na volta 162, resultado de um acidente com o colombiano Sebastian Saavedra (Bryan Herta Motorsport), Castroneves permaneceu na pista e passou a rodar em 3º, atrás do líder Mike Conway (Dreyer & Reinbold Racing) e Justin Wilson, da mesma equipe, ambos com mais de 20 voltas desde o último pit e, portanto, com pits próximos.
A retomada da corrida com bandeira verde ocorreu na volta 168 e Conway, como previsto, parou na 178ª, com Castroneves passando para 2º. Faltando 11 para o término da prova, Castroneves assumiu a liderança após a parada de Wilson, igualmente prevista. Entretanto, as “janelas” em bandeira verde foram longas o suficiente para compromete a nova estratégia estabelecida pela Penske.
Dessa forma, o brasileiro necessitou parar na volta 192, faltando oito para o final. Com essa ocorrência, Franchitti voltou à ponta e recebeu a bandeirada praticamente sem combustível e sob bandeira amarela, visto que no complemento da penúltima volta um acidente plasticamente horrível entre Conway, que quebrou a perna esquerda, e Ryan Hunter-Reay (Andretti Autosport) determinava o final da corrida nessa condição.

Resultado da Indy 500 de 2010
1º) Dario Franchitti (Esc) – Chip Ganassi Racing – 200 voltas
2º) Dan Wheldon (Ing) – Panther Racing – 200
3º) Marco Andretti (EUA) – Andretti Autosport – 200
4º) Alex Lloyd (Ing) – Dale Coyne Racing – 200
5º) Scott Dixon (Nzl) – Chip Ganassi Racing – 200
6º) Danica Patrick (EUA) – Andretti Autosport – 200
7º) Justin Wilson (Ing) – Dreyer & Reinbold Racing – 200
8º) Will Power (Aus) – Team Penske – 200
9º) Helio Castroneves (Bra) – Team Penske – 200
10º) Alex Tagliani (Can) – FAZZT Race Team – 200
11º) Tony Kanaan (Bra) – Andretti Autosport – 200
12º) Graham Rahal (EUA) – Rahal Letterman Racing – 200
13º) Mario Romancini (Bra) – Conquest Racing – 200
14º) Simona de Silvestro (Sui) – HVM Racing – 200
15º) Tomas Scheckter (Afs) – Dreyer & Reinbold Racing – 199
16º) Townsend Bell (EUA) – Chip Ganassi Racing – 199
17º) Ed Carpenter (EUA) – Vision/Panther Racing – 199
18º) Ryan Hunter-Reay (EUA) – Andretti Autosport – 198
19º) Mike Conway (Ing) – Dreyer & Reinbold Racing – 198
20º) Takuma Sato (Jap) – KV Racing Technology – 198
21º) Bia Figueiredo (Bra) – Dreyer & Reinbold Racing – 196
22º) Bertrand Baguette (Bel) – Conquest Racing – 183
23º) Sebastian Saavedra (Col) – Bryan Herta Autosport – 159
24º) Ryan Briscoe (Aus) – Team Penske – 147
25º) Ernesto José Viso (Ven) – KV Racing Technology – 139
26º) Sarah Fisher (EUA) – Sarah Fisher Racing – 125
27º) Vitor Meira (Bra) – A J Foyt Enterprises – 105
28º) Hideki Mutoh (Jap) – Newman Haas Racing – 76
29º) Raphael Matos (Bra) De Ferran Luczo Dragon Racing – 72
30º) John Andretti (EUA) – Richard Petty/Andretti Autosport – 62
31º) Mario Moraes (Bra) – KV Racing Technology – 17
32º) Bruno Junqueira (Bra) – FAZZT Race Team – 7
33º) Davey Hamilton (EUA) – De Ferran Dragon Racing – 0