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O Rio de janeiro vai ficar marcado na carreira do piloto Jonathan Louis (VSA/Levyplast/Embalixo/Nicrom/Vinícola Santa Augusta/Centenário Indústria Gráfica/Bisa/Raceland). Na abertura da Fórmula Future Fiat e estreia do paranaense, ele encerrou sua participação com um terceiro lugar após liderar boa parte da corrida.
Era para ser apenas uma estreia do curitibano Jonathan Louis como piloto de formula, não fosse o ótimo desempenho dele no traçado de Jacarepaguá no Rio de Janeiro. John entrou na pista e pela primeira vez guiou um monoposto. Nos treinos algumas rodadas, freiadas mais forte, tudo normal para quem nunca havia pilotado este tipo de carro. Aos poucos ele foi melhorando e andou entre os oito primeiros. Na tomada, um acerto solicitado pelo próprio Louis fez a diferença. De oitavo ele pulou para quarto e largou na segunda fila. “Pilotar um monoposto é totalmente diferente do kart. A pista é totalmente diferente, a guiada, o jeito de acelerar, enfim tudo era novidade para mim. Mesmo assim acredito que não fui tão bem nos treinos, mas a cada dia fui melhorando e com a ajuda do meu pai (Hemerson) e da equipe conseguimos acertar o equipamento”, explicou o piloto.
No grid de largada, com as luzes vermelhas, o coração de Jonathan batia forte. Era a realização de um sonho. Competir de fórmula, mais um degrau conquistado na carreira, competir num circuito onde grandes nomes da F1 correram e muitas lembranças do kart se fundiam na cabeça, mas era hora de se concentrar e pensar apenas na corrida. E a primeira bateria da vida dele foi excelente. “Num contexto geral, a primeira prova foi maior do que as expectativas. Era minha primeira corrida, minha primeira largada, então a emoção era grande e o nervosismo também. Larguei bem na quarta posição e assumi o terceiro posto, andando próximo dos líderes por muito tempo. Eu era muito rápido, e pela inexperiência acabei errando algumas vezes e terminei a prova em quarto”, explicou.
Mas a apreensão e o nervosismo da primeira corrida lhe custaram uma penalização de 20 segundos na largada. “Achei que foi uma corrida muito boa, onde consegui terminar a prova, não bati e nem rodei. Isso para primeira corrida era o que mais importava, além de ser rápido como fui, inclusive virando igual aos ponteiros. Infelizmente sofri uma penalização, por colocar o pneu sobre a linha antes de apagar o sinal. Fiquei um pouco chateado porque cai para a sétima posição, mas serve como um grande aprendizado”, desabafou Louis.
Porém na segunda bateria, Louis mostrou porque é considerado uma das grandes promessas do automobilismo nacional. “Fiz uma largada excelente e fui pra primeiro. Liderando até a 16ª volta, quando acabei rodando. Meu pneu desgastou demais e na curva 1 dei uma errada. Pra não bater no muro, acabei tirando o pé e rodando. Com isso perdi duas posições e terminei em terceiro”, contou. Apesar das dificuldades o balanço da estréia foi muito positivo. “Fico muito feliz, muito mesmo. Acho que ninguém acreditava que nem mesmo entre os cinco primeiros eu andaria, e logo na estréia liderei a corrida com boa vantagem sobre os demais. Todos sabiam que essa vitória estava na minha mão, mas esse tipo de coisa acontece. Pego este exemplo e transformo em força e dedicação para as próximas corridas”, disse o piloto que vai confiante para a segunda etapa, marcada para 25 de julho em Londrina, no Paraná. “A expectativa é boa, mas acho que tenho que ir como fui pra essa primeira, sem pressão e sem obrigação de nada. Na verdade não tenho obrigação nenhuma. Que tem obrigação de mostrar serviço são os mais experientes. Eu já mostrei que mesmo sendo o “caçula” da turma e com menos experiência, vim pra brigar e vou me dedicar ao máximo para brigar até o fim por esse título”, finalizou Louis.