Maior vítima do mega-acidente da segunda etapa da Fórmula Truck, no dia 8 de abril, em Tarumã (RS), o catarinense Luís Zappelini retorna na quarta prova do Campeonato Brasileiro, que será disputada domingo, em Fortaleza, no Ceará. Estou muito feliz em estar de volta para a boléia do meu Ford Cargo. A Fórmula Truck hoje em dia é a minha vida, frisa o piloto que completa o trio da Ford Racing Trucks/DF Motorsport.
Afastado por 82 dias da cabine de seu Ford Cargo, neste meio tempo Luis Zappelini enfrentou uma longa e difícil cirurgia no fêmur e patela esquerdos, e passou por muitas horas diárias de fisioterapia. Sua dedicação foi extrema para o firme propósito de voltar às competições da Fórmula Truck no menor prazo possível, quebrando a estimativa dos cirurgiões de que sua recuperação demoraria mais do que 90 dias, em virtude da gravidade das lesões.
Primeiro tenho que agradecer o carinho e apoio do Dr. Daniel de Morais, médico oficial da Fórmula Truck, que me resgatou em Tarumã, diz o piloto do Ford de numeral 22. Se não fosse a competência do cirurgião Dr. Flávio Falopa, em São Paulo, eu não teria condições de voltar já, assegura Zappelini. E preciso agradecer de coração a dedicação da Dra. Beatriz Montemezzo, de Lajes, e a Dra. Ana Lígia Rodrigues, de Itajaí, fisioterapeutas que me colocaram de pé em prazo recorde, continua. E se não fosse o apoio de todos os meus amigos, familiares e colegas da Fórmula Truck, eu não teria tido forças para me dedicar tanto na recuperação. Fiquei quase três meses só pensando em voltar a correr, reforça o catarinense.
Na colisão direta com o caminhão de Vinicius Ramires, que já havia provocado a forte batida com Geraldo Piquet segundos antes, a patela da perna esquerda de Zappelini subiu em direção ao fêmur, o que causou a perfuração dos ligamentos e a fratura exposta. Estou bem recuperado, não sinto nenhum problema a mais. Quando eu sentar no meu Ford Cargo a adrenalina voltará, e depois dos dois primeiros treinos acho que já estarei adaptado novamente e acelerando o mesmo de antes, acredita o piloto que venceu o GP de Curitiba de 2005, que alerta seus companheiros para a segurança nas competições. Só quem passa por um acidente é que sabe realmente o que vem depois. Acho que a maioria dos pilotos está brincando com a segurança, todos deveriam usar o Hans no capacete, entre outras preocupações. Não quero ser testemunha de nenhum acidente grave, receita Luis Carlos.