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Ainda se recuperando de uma lesão no pé direito e fora da tradicional Corrida de São Silvestre, o brasiliense Marilson Gomes dos Santos, que virou personalidade do esporte mundial ao ganhar a Maratona de Nova York, em novembro, já sonha com a temporada de 2007. O objetivo do atleta é buscar medalhas nas provas dos 5 mil e nos 10 mil metros dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.
Campeão da São Silvestre em 2003 e em 2005, seria natural Marilson tentar o tricampeonato da competição, disputada no último dia do ano pelas ruas de São Paulo. A lesão (fascite plantar) e o esforço feito para se tornar o primeiro sul-americano a vencer a Maratona de Nova York impediram, porém, que o atleta do Pão de Açúcar/BM&F/Nike/Caixa/São Caetano participasse da prova.
Marilson e o técnico Adauto Domingues ainda estudam o calendário de 2007. É certo que o atleta participará de uma maratona no primeiro semestre, mas a prova ainda não está definida. O objetivo é conseguir o índice para a Olimpíada de Pequim, em 2008. A prioridade do ano, no entanto, serão as provas de pista de 5 mil e de 10 mil metros.
“Preciso ficar 100% porque o Pan vai ser muito importante. Quero lutar por medalhas e melhorar meus tempos”, disse o atleta, que retomou os treinamentos com cautela, enquanto ainda trata da contusão. “Dependendo da definição de meu calendário, vou fazer uma preparação especial em altitude, na cidade de Paipa, na Colômbia”.
Marilson teve uma temporada excepcional em 2006 e seu desafio é tentar melhorar ainda mais em 2007. Além da brilhante vitória em Nova York, com o tempo de 2h09min58s, o atleta de 29 anos estabeleceu dois recordes sul-americanos: 13min19s43 nos 5 mil, em Askina, na Alemanha, no dia 8 de junho; e 27min48s49 nos 10 mil, em Neepelt, na Bélgica, três dias antes.
Em sua estréia nos Jogos Pan-Americanos, em Santo Domingo, em 2003, ele ganhou duas medalhas: bronze nos 5 mil e prata nos 10 mil.
“A idéia é melhorar os resultados de pista do Marilson para o Pan, mas em 2008 o objetivo é mesmo disputar a maratona. A diferença nos tempos dele para os africanos na pista ainda é grande, mas na maratona não. É até possível ganhar medalha”, comentou o técnico Adauto Domingues, bicampeão pan-americano dos 3.000 metros com obstáculos.