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A competitividade do modelo Escort, comprovada na classificação final da temporada 2006, foi suficiente para convencer Miguel Laste a se manter no grupo N do Campeonato Regional de Marcas & Pilotos. A categoria mantém o sistema de carburação na alimentação dos motores dos carros, cujos tempos de volta no Autódromo Internacional de Cascavel são cerca de um segundo mais lentos que os do grupo A, que têm injeção eletrônica de combustível.
“É a tal história, em time que está ganhando não se mexe”, justifica Laste, piloto de Toledo que no ano passado, pilotando o Escort número 9, conquistou o vice-campeonato regional. O campeão foi o cascavelense César Chemin, também competindo com um Escort. “O regulamento do grupo N garante alguma vantagem ao Escort em função da medida entre-eixos, que é um pouco maior e facilita o contorno das curvas de alta velocidade”, explica o toledano.
Laste, que em 2006 foi ao pódio em cinco das seis etapas, terá uma dupla missão no campeonato deste ano, que terá a primeira corrida no dia 25 de março. “A meta, claro, é conquistar o título do Regional N, mas enquanto isso a equipe vai estudar e analisar o regulamento do grupo A. No ano que vem, sim, vamos mudar de categoria”, antecipa o piloto, que tem seu carro de competições decorado nas cores e logomarcas de Casas Brasil e Lenita Baby.
A equipe de Laste, comandada pelo preparador Cláudio Deitos, já tem em sua sede outro Escort, modelo europeu. O carro, com o qual o também toledano Guilherme Sperafico atuou em metade do último campeonato, servirá para que se faça testes de preparação e adaptação às mudanças do regulamento técnico. “O grupo A, hoje, tem um nível técnico muito elevado. É importante ter um carro bem acertado e competitivo para mudar de categoria”, entende.
Miguel Laste iniciou sua carreira no automobilismo no início da década, no Campeonato Paulista de Fórmula 200. Em 2005, passou a fazer parte do grid do Regional de Marcas. Foi quarto colocado na classificação final do campeonato. Em 2006, foi vice no Regional e no Paranaense. Para 2007, ele vê no modelo Chevette o adversário mais forte do Escort. “É possível que haja uma equalização do regulamento para equilibrar a situação”, ele supõe.