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A equipe que representará o Brasil no torneio de vela dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em julho, será definida a partir de domingo, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. A seletiva, chamada de Pré-Pan, será aberta para oito classes: J/24, Lightning, Hobie Cat 16, Snipe, Sunfish, Laser Standard (masculino), Laser Radial (feminino) e Winsurf RS:X (masculino e feminino). Os velejadores nacionais mais bem colocados serão convocados pela Federação Brasileira de Vela e Motor (FBVM), que organiza o evento ao lado do Iate Clube do Rio de Janeiro.
Os velejadores inscritos disputarão 11 regatas até o dia 11 de fevereiro, em três raias: uma na Escola Naval/Ponte Rio-Niterói, uma entre o Aterro do Flamengo e Botafogo e uma em frente ao Iate Clube, na Urca. Cada barco participante terá direito a dois descartes.
A competição reunirá vários destaques do esporte na briga pelas vagas do Pan. No Laser, por exemplo, Robert Scheidt, tricampeão pan-americano, bicampeão olímpico e octocampeão mundial, vai tentar garantir sua vaga. O atleta, que se dedicou ao lado de Bruno Prada à classe Star em 2006, perdeu a primeira seletiva, em outubro, para André Streppel, e agora tentará reverter a situação.
Outra atração é Ricardo Winicki, o Bimba, atual campeão pan-americano de Mistral e quarto colocado na Olimpíada de Atenas. Será a estréia da prancha RS:X nos Jogos. No Lightning, o duelo deverá ser entre os campeões pan-americanos Cláudio Biekarck e Mario Buckup e o campeão da última Pré-Pan George Rider. No J/24, o barco de Maurício Santa Cruz, atual campeão mundial e ganhador da medalha de prata em Santo Domingo, é um dos destaques, ao lado da tripulação de Daniel Glomb. Já os atuais campeões pan-americanos Bruno Bethlem e Dante Bianchi tentarão defender o título no Snipe.
Das oito classes, apenas a RS:X é aberta a estrangeiros. Todas as outras reunirão apenas brasileiros. A expectativa é reunir cerca de 80 barcos. As inscrições poderão ser feitas até domingo, dia de abertura do evento, pela manhã.

HISTÓRICO – A primeira aparição da vela nos Jogos Pan-Americanos foi em 1951, em Buenos Aires, na Argentina, nas classes Snipe e Star. Logo na edição inaugural, Ronaldo Bueno e Gastão de Souza levaram medalha de ouro no Star. No total, os brasileiros conseguiram 55 medalhas na história do evento, sendo 24 de ouro, 19 de prata e 12 de bronze.
Os velejadores do país se destacam principalmente no Laser. Foram cinco medalhas de ouro e uma de prata em sete edições dos Jogos, já que as provas desta modalidade só começaram a acontecer em San Juan, em Porto Rico, em 1979. Os campeões foram Pedro Bulhões, em Caracas, na Venezuela, em 1983; Peter Tanscheit, em Havana, Cuba, em 1991, e Robert Scheidt, vencedor em Mar del Plata, na Argentina, em 1995; Winnipeg, no Canadá, em 1999, e em Santo Domingo, na República Dominicana, em 2003.
Os brasileiros só perdem para os Estados Unidos na história da competição. Os norte-americanos conquistaram 67 medalhas em Jogos Pan-Americanos, sendo 31 de ouro, 21 de prata e 15 de bronze. O Brasil supera, inclusive, o Canadá, que conseguiu 42 pódios, com nove de ouro, 15 de prata e 18 de bronze.

SANTO DOMINGO – O Brasil foi o maior vencedor do torneio de vela dos Jogos de Santo Domingo, que teve disputa em oito classes. Foram três medalhas de ouro e uma de prata, na frente dos norte-americanos, que conquistaram dois ouros. O México com um ouro e uma prata veio a seguir na classificação geral, na frente de Porto Rico e Venezuela, que ficaram com apenas uma dourada cada. A Argentina ganhou quatro medalhas, mas foram duas de prata e duas de bronze, o que a colocou apenas em sexto lugar na tabela, ao lado do Canadá, que teve o mesmo desempenho.