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No momento do rompimento da suspensão traseira esquerda, que acabou provocando ainda a quebra do diferencial, o carro de Bruno Senna acabava de atingir a velocidade de 265 quilômetros por hora na abertura dos treinos livres do GP da Coreia do Sul. Apesar das rodadas e do enorme susto, Bruno conseguiu evitar um choque mais sério. Além do prejuízo material para a equipe, o brasileiro contabilizou a perda de precioso tempo de adaptação a uma pista que estava sendo utilizada pela primeira vez na Fórmula 1.
“Achei que nem conseguiria voltar ao carro, mas a equipe trabalhou com rapidez e conseguiu deixá-lo pronto no finalzinho da segunda sessão. Só deu para uma volta, mas valeu o esforço dos mecânicos”, elogiou o piloto da HRT F1 Team. “Para mim, o mais complicado é ainda não ter a manha das curvas, que ainda não estão totalmente na minha cabeça”, explicou Bruno.
Pela manhã, antes de enfrentar o problema mecânico, Bruno ainda pôde completar 15 voltas. Se o curto período no traçado de pouco mais de 5,6 quilômetros foi insuficiente para uma avaliação mais fiel do nível de aderência, serviu ao menor para expor os pontos onde o F110 deverá encontrar maiores dificuldades. “O segundo e o terceiro setores são os que pedem mais pressão aerodinâmica, a maior deficiência do nosso carro. Deu para sentir também que não há grip fora do traçado. Por isso, a corrida poderá ser bem interessante”, projetou.
A comparação dos dois tipos de pneus levados pela Bridgestone para a antepenúltima etapa da temporada ficou mesmo para o sábado. “A pista ainda vai mudar muito à medida que fique emborrachada. Achei que os pneus estão granulando um pouco. Essa combinação nova, com asfalto muito químico, ainda não permite fazer previsões sobre o desgaste”, concluiu Bruno.