Recuperado do grave acidente sofrido na última etapa da Stock Car Light, no final do ano passado, o piloto Renato Russo voltou a falar com a imprensa. Em entrevista ao Jornal da Tarde e O Estado de São Paulo, publicada hoje, ele fala sobre segurança e abre discussão sobre um assunto delicado. Pede que seja adotado o exame antidoping durante os fins de semana de corrida.
Em relação ao que falei sobre pilotos que bebem ou usam drogas, minha declaração foi abrangente e não está direcionada somente à Stock Car. A preocupação com o uso de substâncias ilegais é internacional e esta discussão está aberta há muitos anos, inclusive na F-1. É um cuidado que se deve ter em qualquer esporte, principalmente numa modalidade de risco, como o automobilismo, disse.
Eu jamais faria declarações que pudessem prejudicar a categoria que me recebe como profissional e de onde eu tiro o meu sustento. O que falei foi na tentativa de sugerir mudanças que possam aumentar nossa segurança e essa medidas já estão sendo estudadas, contou.
Suas declarações levam em consideração exemplos do passado. Nas corridas mais antigas, que tinham caráter festivo e bem menos profissional que hoje, era comum ouvir histórias sobre pilotos que bebiam ou usavam drogas. A situação melhorou muito desde então, mas ainda é preciso reduzir as chances de isto acontecer, por meio do exame antidoping, afirmou.
Desde o acidente que provocou a morte de Rafael Sperafico, a Stock Car tomou medidas para aumentar a segurança dos pilotos, como o reforço lateral na estrutura tubular e a obrigatoriedade do HANS, equipamento que protege o pescoço e a cabeça em caso de acidente. Só quem passou por uma situação como a minha sabe a importância destas ações, concluiu Russo.