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A mais tradicional e importante prova de rua da América Latina promove, no dia 31, sua 82ª edição. E esta longevidade é mais um motivo para que a Corrida Internacional de São Silvestre continue atraindo inúmeros corredores de todo o país e do exterior, todos em busca de um lugar no topo do pódio. Mas este não é o único atrativo: a prova é um verdadeiro berço de ídolos, capaz de transformar corredores normais em estrelas do atletismo internacional. Assim foi com inúmeros nomes do esporte e que hoje se destacam nos cenários nacional e internacional. Renovada, a edição deste ano está pronta para revelar novos valores para o esporte e tornar famosos, da noite para o dia, seus campeões.
Essa condição normalmente costuma motivar os principais atletas do país e muitos jovens destaques do exterior. Afinal, vencer a prova é um reforço considerável para o currículo de qualquer competidor, com reflexo mais positivo do que qualquer premiação. Exemplos deste poder são inúmeros entre os atletas nacionais, como José João da Silva, João da Mata, Emerson Iser Bem, Ronaldo da Costa, Roseli Machado, Maria Zeferina Baldaia, Marizete Resende e Marilson Gomes do Santos, entre outros, que venceram a prova e atingiram um outro nível dentro do esporte.
No caso do Brasil, a São Silvestre acaba sendo a coroação de atletas que começam a se destacar em outras disputas nacionais. Eventos como a Maratona Internacional de São Paulo, Meia Maratona Internacional do Rio de janeiro e Volta Internacional da Pampulha, por exemplo, têm sido verdadeiros celeiros de atletas ao revelar novos competidores. Franck Caldeira, Lucélia Peres, José Telles, Sirlene Pinho, entre outros, estão ai para confirmar este fato.
Entre os estrangeiros a situação não é diferente. Ao longo da história, atletas como Vitor Mora, Rolando Vera, Arturo Barrios, Carlos Lopes, Rosa Mota, o pentacampeão Paul Tergat, Simon Chemoiywo, Robert Cheruyiot, Marta Tenório, Maria Del Carmem e Olivera Jevtic têm suas carreiras ligadas intimamente à Corrida Internacional de São Silvestre, que serviu de trampolim para o posterior sucesso no circuito internacional. Na esteira do sucesso da São Silvestre, o mercado nacional acabou se tornando uma grande opção para os quenianos, que chegam em setembro e acabam participando de várias provas como preparação para a São Silvestre, elevando o nível técnico destas competições.
“A São Silvestre sempre se caracterizou em empreender mudanças e apresentar novidades em sua trajetória. Daí a sua longevidade e sempre se apresentar renovada. Vencer a prova é o grande desafio. E os vencedores, sejam revelações ou atletas já consagrados, também renovam suas forças e novas oportunidades surgem em suas carreiras. Por isso no dia 31, de ponta a ponta, teremos oportunidade de acompanhar uma das edições mais disputadas de sua história, independentemente dos nomes que se apresentarão para nos oferecer um grande espetáculo esportivo pelas ruas da maior cidade da América Latina”, sentencia Júlio Deodoro, que completa 28 anos como coordenador da competição.
A 82ª edição marca uma nova fase na disputa. Para Thadeus Kassabian e Manuel Garcia Arroyo, integrantes do Comitê Organizador, a prova só tem a crescer. “Estamos fazendo uma série de pequenas mudanças para a prova. Elas vão desde melhores serviços aos competidores, passando pela ampliação dos atletas a receberem prêmio em dinheiro e uma seleção mais rigorosa para os convidados com a alteração do índice. A partir de agora, a Elite terá competidores mais capacitados e em condições de assumirem este papel de ídolos”.