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É no excelente rendimento do R31 nas longas retas de Monza que Bruno Senna confia na busca por um bom resultado – e quem sabe os primeiros pontos na Fórmula 1 – no Grande Prêmio da Itália, em sua segunda corrida neste retorno à categoria pela Lotus Renault GP. Em mais um desempenho notável para um piloto que há três semanas se encontrava em meio a um prolongado período de inatividade, Bruno conquistou o 10º lugar nos treinos classificatórios deste sábado em Monza.
Os carros pretos e dourados são dos mais rápidos do fim de semana e Bruno chegou a registrar a máxima de 347 quilômetros por hora. “Você viu? Incrível, né?”, constatou, contente com a própria atuação e pela satisfação de alcançar pela segunda vez seguida a terceira parte do qualifying. “Acho que poderemos tirar proveito da velocidade do carro nesses trechos de pé embaixo”, comentou o brasileiro, que desbancou a Force Índia do britânico Paul di Resta do Q3 nos segundos finais e pela ínfima margem de seis milésimos. “Foi muito bom para esse meu processo de amadurecimento precisar e conseguir fazer uma volta assim”.
Embora tenha ocupado o cockpit, Bruno permaneceu dentro da garagem da Lotus Renault GP e, em comum acordo com a equipe, decidiu abrir mão do Q3 para economizar pneus. “Achamos que só valeria a pena tentar algo se as Mercedes não entrassem na pista, o que acabou não acontecendo. Aliás, elas estão com uma estratégia parecida com a nossa”, lembrou. Nico Rosberg, da escuderia alemã, foi o único a marcar tempo com os pneus médios, mais lentos que os macios.
Pelo regulamento, já que não participou da última tomada de tempo, Bruno poderá escolher com qual das duas versões de compostos iniciará a corrida deste domingo. Até a noite deste sábado, no entanto, a Lotus Renault GP ainda não havia definido a estratégia. “A tendência é de duas paradas e que usemos dois jogos de pneus macios e um dos médios. Mas ainda vamos pensar direitinho na ordem mais adequada”, explicou.
Bruno ficou alegre com o próprio desempenho num dos palcos mais tradicionais do automobilismo mundial, embora reconheça que ainda havia espaço para evolução. “A bem da verdade, foi meu primeiro treino classificatório em condições normais, já que em Spa as coisas foram meio conturbadas. Ainda estou um pouco enferrujado e, por isso, sem conseguir tirar o melhor dos pneus logo na primeira volta. Essa é uma das razões de não ter virado o mesmo que meu companheiro de equipe, mas a verdade também é que o Vitaly Petrov fez um ótimo trabalho”. O russo largará em 7º, a mesma posição de largada de Bruno na reestréia em Spa.