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Para qualquer piloto correr em casa é sempre um paradoxo: de um lado, a alegria e apoio da torcida que lota as arquibancadas; do outro, a pressão e responsabilidade de responder com um bom resultado. Na Fórmula Truck, a situação da Original Reis Competições não é diferente: a quarta e próxima prova da categoria será dia 14 de junho, no autódromo Internacional de Goiânia.
Será diante de seus torcedores que Zé Maria e Leandro Reis tentarão o primeiro pódio para a equipe na temporada. “Queremos que seja a hora da virada para nós. Todo mundo está trabalhando muito, e por isso estamos todos otimistas. Eu estou trabalhando umas 12 horas por dia, e o resto da equipe, cerca de 18. É dedicação total para a corrida em que somos os anfitriões”, afirma Zé Maria, piloto e chefe da equipe.
Antes da última etapa, em Caruaru, a Original Reis Competições treinou no autódromo goiano e fez o melhor tempo em 1m47s20. “Esse tempo é bom, se considerarmos que a pista estava suja e não tinha condições de corrida — quando os caminhões vão entrando na pista, ela vai ficando emborrachada e os tempos vão baixando”, ressalta.
Segundo o piloto e chefe de equipe, a corrida contra o tempo é para acertar os caminhões — que sofreram modificações para a corrida de Caruaru. “Agora estamos trabalhando para deixar os caminhões como estavam antes da última corrida, em que sentimos todos os acertos muito bons. Estamos mexendo em motor, câmbio, diferencial. tudo! Não podemos mais treinar na pista, é uma regra que 30 dias antes não se pode treinar no autódromo que receberá a corrida”, assinala.
Ainda faltam mais de duas semanas para a próxima etapa, mas o piloto admite que não está dormindo direito. “Estou tenso, é verdade. Quando se corre em casa, é sempre complicado, apesar de ser muito gostoso. Onde vou o pessoal cobra resultado. Tem de sair esse primeiro pódio. No mercado, restaurante, em qualquer lugar, me perguntam sempre do pódio. E por isso estamos trabalhando tanto.”
Outra preocupação de Zé Maria é o autódromo goiano, que começa a passar por reformas. “O pessoal da organização da Truck já está chegando para começar a fazer os trabalhos lá. Não só na pista, mas de estruturação das arquibancadas e outros locais. Sabemos que esse circuito precisa de mais atenção das autoridades, e já faz tempo”, alerta.